quinta-feira, 22 de maio de 2014

EIGER ACIMA

Na próxima quarta-feira embarco mais uma vez para a Europa. No dia sete de junho, vou completar meus cinquenta anos da maneira que sempre planejei: sentindo-me cidadão do mundo. Dessa vez não visitarei minha querida Berlim. Em primeiro lugar, pisar novamente em Frankfurt, depois de vinte e nove anos. Passear pelo conjunto arquitetônico de Saalgasse, onde tive minha primeira discussão “presencial” sobre modernismo x pós-modernismo. Lembram-se disso, Jeanty e Desiree? Depois Zurique, estou tentando visitar o Calatrava. No dia seguinte, um “rolezinho arquitetônico” de primeira, com meus novos amigos Rafael Milan e seu irmão Gustavo. Basiléia, Riehen, Weil am Rhein, Berna. A partir daí, acompanhado da querida Carla. Davos, Klosters, dar uma voltinha no Liechtenstein (adoro esse lugarzinho), Amsterdam, conhecer mais um projeto da dupla Delugan Meissl, cabeças boas da arquitetura, percorrer Oosterdokseiland, meu eterno projeto de mestrado e ver mais algumas novidades. Budapeste, onde espero ter um dia igual ao que tive com Valéria Carrete em Praga em 2009, apenas ouvindo concertos de música clássica e finalmente Mürren. Quero começar o dia do meu aniversário na base do Eiger, a montanha que desafia e enfeitiça todos os escaladores. E terminar no topo do Jungfrau, com fones de ouvido, refletindo sobre a vida e observando o mundo de cima. Quando estivemos lá em 2004 o tempo não permitiu que fizéssemos isso, não é cabeçone? Quando voltar, uma nova fase da vida vai começar, mas desconfio que continue a andar de moto, dormir pouco, malhar que nem moleque, fazer minhas dietas malucas e tomar sol no rosto. Como costumo dizer, espero que dure mais cinquenta anos, pois apesar de tudo, simplesmente adoro viver. Sendo assim, quero agradecer em primeiro lugar a Deus, por ter permitido que chegasse até aqui, ter me tornado arquiteto e de quase todas as formas ter tido a vida que sempre quis. Agradecer aos meus pais, Amos e Neusa, pelo amor, pela formação, por tudo que me deram e por terem sempre estado ao meu lado. Ao meu irmão Adriano Spina, pelo carinho e pelo apoio. Às vezes, parece que você é o irmão mais velho, não é? À Neida, Lê, Tio Daniel e Tia Vera, pessoas por quem tenho um carinho especial. À Teca, Fê e Cíntia, tenham certeza, sei que viver comigo não fácil. Fomos afastados pela vida e pelo tempo, mas quando a gente se encontra parece que foi ontem, não é assim, Reinaldo, Paulo e Carlos? Sou um cara privilegiado, pois sempre estive cercado de gente da melhor espécie, como meus tios e meus primos. Eber, Noelia, Li, Ortalli, Joseph e a turma do Liceu, Carlão, Ira, Wilsão, tia Neide, Arlindão, tia Iris, Caco, Wil, Dé, Márcio, Guga, Ki, Cesar, Franço, Jetão e Rubia, a turma das Vertentes, Henrique e o pessoal do cursinho, seu Rui, dona Tereza, Rui Miguel e Fernanda, Miguel, Miriam, Mimó, Ieda, Marcelo, Silvio, Flavio, Rô e a turma toda do Mackenzie, Miguel Forte, um grande inspirador, Paulo e Caioá, Carlos Lopez, Alberto Werebe, Claudio Schechner, Amaury, Adelson e Antonio Carlos de Almeida, Alessandra Bronstein, Alex Lypszic, Patricia Lopes, Denise, Ulla, Min, Silvia Neves, Lili, Sonia, Ana Claudia, Adriana Tutundjan, Angela Ometto, Karen, Andreia Vicente e minhas ex-alunas da Panamericana, Adriana Chieco, a família Novaes Ferreira, Maurício e Tatiana, Rita e Toninho, Andrea Giusti, Desiree Castelo Branco, Nelson e Patricia Pascale, Lilian Catharino e muitos mais. Um super abraço para o meu amigo Maycon Fogliene e um beijo especial para você more, Renata Damião. Ultimamente, Lilian Barreira e a Bru, minha gatinha, pela Cris, Gustavo, Claudia Hernandez, a galera da Adesp, Sergio de Oliveira, Ana Wey, Dani Colnaghi e Vilma Massud. Rogério, Débora, Luiz e Claudia Oliveira e até pela Ana Julia Nolan, que me proporcionou a experiência de ser Theodore Twombly. O meu presente é vocês fazerem, ou terem feito, parte da minha vida. Portanto, Eiger acima, sempre, com garra.