quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O DIREITO DE SER BELO E DEFCON1

Correndo ontem no Ibirapuera, e meditando nas palavras do meu mais recente ídolo, Dr. Gregory House, cruzei com os alunos de um colégio que provavelmente foi visitar a Bienal. As professoras e os dependentes encabeçavam a fila, depois os aspirantes a nerds e geeks, as minas (bonitinhas e gostosinhas), os manos com topete pintado, os manos com topete cor natural, e por último, as feinhas e gordinhas. Com certeza, a corrida da vida vai terminar dessa maneira, se as retardatárias não fizerem alguma coisa para ganhar posições. Quando a adolescência chegar, a fase mais bacana da nossa existência, o preço a ser pago pelo descaso dos pais vai ser caro. Os meninos não vão olhar para elas, muito menos “ficar” com alguma delas. Nas festinhas, vão formar aquele grupinho no canto que considera as populares vagabundas, quando na verdade, gostariam de fazer parte da turma. A probabilidade de se tornarem adultas infelizes é grande. Pais menos afortunados não estão nem aí com os hábitos alimentares dos filhos e com a vida que levam. Pais mais abastados têm um controle maior, mas quando dão um carrinho elétrico para um menino, não percebem o quanto estão contribuindo para a infelicidade futura. Em todas as camadas sociais, a obesidade infantil e os vícios correm soltos.
Com certeza seria a última pessoa a valorizar os cabeças-ocas com rostinho bonito, corpinho sarado, e 15 dias de fama. Inclusive, se a Geisy Arruda (que não tem rosto nem corpo) cruzar a minha frente passo por cima, e dou ré para garantir. E nunca vou aceitar a ditadura da modelete lagartixa branca desamparada.
Mas ser belo, ou procurar ser belo, faz bem. Cuidar da aparência, do peso, do que vestimos, do que comemos, é mais que um direito, é um dever que temos conosco. Todo mundo, sem exceção, se sente bem quando é notado e desejado apenas pela aparência física. Faz bem à auto-estima, autoconfiança, e traz benefícios para todos os aspectos da vida. Não há nada de errado em querer melhorar. Vale tudo, fazer dieta, malhar, clarear os dentes, mudar a cor e o corte dos cabelos, um botox aqui e ali, a cinta do Dr. Ray, até uma plásticazinha. Não é preciso exagerar, colocar uma bunda de silicone, como a que vi hoje na internet, deixando a proprietária com corpo de inseto alienígena.
Isto se torna mais importante neste momento da história do Brasil. Vivemos oito anos sob o reinado dos tiriricas barbudos e agora passamos à etapa das mocréias (ver o texto OS CÃES E O MOCREÔNIO). Como podemos esperar que o mundo julgue a América do Sul de uma forma melhor, quando nossas referências são Lula, Evo Morales e Hugo Chávez? Ah, que saudades do Fernando Henrique.
Antigamente, os americanos colaboravam (vide os Bush, pai, mãe e filho), mas até lá a coisa mudou. A mulherada acha o Obama um gato (não seria o Osama, lógico, se bem que aquela barba pode ter múltiplo uso na hora do rala e rola), Hillary Clinton é uma mulher de muita classe, e eles ainda têm Sarah Pailin e o governador Arm Old Schwarz and Egger.
Agora é a vez da Europa quebrar o nosso galho. Sinceramente, não sei o que as pessoas vêem na Carla Bruni. Para mim, ela está para um Fiat147 velho, enquanto a Jaque Khoury está para a nova Ferrari485. Tem um monte de princesas escandinavas que dão de dez a zero na primeira dama da França. O chanceler José Luiz (Mr. Bean) Zapatero não precisa se preocupar com a segurança enquanto as filhas morarem com ele, ninguém seria louco de invadir a residência e dar de cara com uma delas. Só resta mesmo o Berlusconi, o único que preserva o bom gosto e o liberalismo econômico.
É por essas e por outras que há duas semanas me coloquei em DEFCON1. Para quem não sabe, DEFENSE CONDITION é o estado de alerta a que o governo americano submete o país frente alguma ameaça terrorista ou de catástrofe. Varia do nível 5 (mais baixo) ao 1 (mais alto).
Faz mais ou menos um ano que venho me descuidando, parei de correr, comecei a descontar na comida (porcarias e doces), e acabei ganhando mais de quinze quilos. Ainda bem que não perco cabelo, e tenho poucos fios brancos. Mas chega. Já comecei o regime, retomei os exercícios matinais, e faço questão de pegar um solzinho toda hora que posso. Tudo muda, até o fato de ter 46 anos não parece importar.
Mas caso alguém me julgue superficial, ou que supervalorizo a beleza, é sempre bom lembrar que além de cuidar da minha aparência, projeto, planejo, leciono, pesquiso, discuto, organizo viagens, leio, pinto, fotografo, estudo línguas, e nas horas vagas escrevo textos como este.........
Putz, esqueci que o importante mesmo é ser rico.......

sábado, 26 de junho de 2010

A LIBERDADE

No filme O Homem Bicentenário, o “robô” interpretado por Robin Williams, no decorrer de sua existência, vai adquirindo consciência de tudo que o cerca, e decide partir em busca de dois objetivos: tornar-se livre, e posteriormente, ser declarado humano.
Mesmo tendo sido tratado como um integrante da família a qual pertence, a alegação para ganhar a tão sonhada liberdade, é de que isso deva ser algo magnífico a ser conquistado, pois, em toda a história, milhares morreram por ela.
Para ser humano, é preciso ser livre.
Para quem nasceu e vive livre, talvez isto não represente tanto. Em recente visita a Cuba, minha namorada (sempre coerente, pois evitou as armadilhas de turistas preferindo conhecer o interior do país), constatou as benesses da saúde e educação pública de qualidade, mas, que isso não basta. E juntos, meses depois, percebemos as marcas de sofrimento e inferioridade que ainda estampam o povo tcheco, e a tristeza da arquitetura do estado socialista, em contraposição ao maravilhoso conjunto arquitetônico que os homens livres construíram.
Porém, a liberdade, não é apenas o livre exercício da convicção política, religiosa ou futebolística. É um estado de espírito. É ter a consciência do que ela representa para cada um de nós, e preservá-la, como o bem mais precioso que temos.

Reserve alguns momentos do seu tempo, e perceba o quanto você é livre, pois, afinal, nada é mais individual do que a concepção de liberdade.

Segue um pequeno conjunto de liberdades individuais, algumas conquistadas com muito esforço:

*a liberdade (e o alívio) de ser politicamente incorreto, de não gostar de Geisy Arruda e Sarah Jessica Parker, do PT e dos petistas, de Hugo Chávez e dos hermanos, dos fanáticos religiosos e de muitos americanos, dos manos, de pagode e rebolation e de achar que o Galvão Bueno não é tão insuportável assim.
*a liberdade (e a veemência) de não acreditar que a democracia funcione no Brasil, de achar que quase tudo ainda está errado por aqui e que o futebol faz mal para 99% dos brasileiros.
* a liberdade (e a civilidade) de defender a liberdade dos outros, pois, apesar de não fumar, e de não usar drogas, achar que cada um deve fazer o que quiser com o próprio corpo.
* a liberdade (e a enorme satisfação) de fazer uma arquitetura de conceito, sem estar comprometido com as últimas “sic” tendências do mercado imobiliário e da Casacor.
* a liberdade (e o perigo) de andar de moto em São Paulo, e cruzar a cidade de norte a sul em quarenta minutos, mesmo sabendo que meu corpo serve de pára-choque.
* a liberdade (e a necessidade) de dormir pouco, pois a vida passa rápido demais, de ler um livro, assistir mais uma vez a um bom filme, ou começar a trabalhar às três horas da manhã.
*a liberdade de comer porcarias e ganhar quase vinte quilos. Seria ótimo, se não estivesse na contramão da liberdade (e o prazer) de ser vaidoso, cuidar da saúde e praticar esporte.
*a liberdade (e a consciência) de demorar meia hora tomando banho, sabendo que muitas de minhas atitudes compensam o gasto de água.
*a liberdade (e a crença) de que apesar de ter quarenta e seis anos, o melhor da vida ainda está por vir.
*a liberdade (a verdadeira liberdade) de não estar preso a vícios, de não pertencer a algum grupo tendencioso, e de não ser zen.
*e, para finalizar, a liberdade de começar a gostar de cachorro depois de burro velho.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

MOÇO, ME DÁ UM PROJETO?

Num semáforo qualquer em São Paulo:
-Moço, me dá um projeto?
-O quê?
-O senhor tem aí um projetinho para me dar?
-Projeto?
-Ah, já sei! Você deve ser um daqueles caras que não foram homem suficiente para estudar engenharia nem gay suficiente para ser decorador, né?
-Isso mesmo, sou arquiteto.
-E só porque tem estudo acha que pode dar palpite na minha vida e na minha casa. Sabe rapaz, vou te falar uma coisa, isso que você faz não é nada. Eu comecei a trabalhar com treze anos, carregando caixa e hoje tenho um atacadão. A escola da vida é muito mais importante que essas porcarias que você estudou. E olha aí o resultado, eu aqui nesse carrão e você aí de olho no meu relógio.
-Que bom que o senhor pôde comprar esse relógio, mas sinceramente, não ligo muito para isso não.
-E liga pra quê então?
-Gosto de estudar, pesquisar, quero fazer coisas novas e bacanas. Quero mostrar para as pessoas maneiras melhores de morar, trabalhar e usar a cidade.
-Qual é mano, viver melhor do que eu vivo vai ser difícil. Ganho uma puta grana comprando do produtor e vendendo pro lojista. Tenho essa bm aqui, apartamento na praia, sítio, e dinheiro pra gastar com a mulherada. A patroa tem tudo do melhor e levo meu filho para ver o timão todo final de semana, que mais você quer?
-Então me dá um projetinho de interiores...
-No interior?
-Não, arquitetura de interiores.
-Não preciso disso não, eu e a mulher damos conta. Além disso, acabei de reformar meu banheiro, tá lotado de porcelanato e pastilha de vidro. Fiz um box com uns desenhos da hora...
-Escuta, por que ao invés de estudar, você não foi jogar bola, cantar pagode, essas coisas que dão dinheiro?
-Pois é não tenho aptidão para isso e nem acho muito legal...
-O sinal abriu. Bom, a vida é tua, mas se fosse você ia fazer alguma coisa que preste.
-Que tal um rebolation?

flip! (bituca de cigarro sendo arremessada)

sexta-feira, 19 de março de 2010

C O W P A R E D E


A c o w p a r a d e, é o maior e mais bem sucedido evento de arte pública do mundo, tendo sido realizado em 50 cidades desde a sua primeira edição. A “parada das vacas”, já foi vista por mais de 20 milhões de pessoas, arrecadou 20 milhões de dólares para ações de caridade e contou com a participação de mais de 5.000 artistas, personalidades da mídia, e arquitetos do porte de Lord Norman Foster e do polêmico Will Alsop.
Em sua passagem por São Paulo, não deixaria de contribuir, a meu modo.
Estou lançando no mercado o c o w p a r e d e, revestimento vinílico auto-adesivo, de fácil aplicação e manutenção, mais apropriado para lares de marmanjos não comprometidos.
A primeira pessoa a identificar corretamente todas as participantes, ganha o direito a escolher a madrinha da bateria da Escola Unidos de Vila Sésamo, para o próximo carnaval.
Até.

terça-feira, 16 de março de 2010

O BBB E O CCC

Uma das intenções da edição do Big Brother Brasil de 2010 é a discussão sobre o preconceito contra os homossexuais. A Rede Globo conseguiu isso e muito mais, graças à participação de Marcelo Dourado. Mas, ao contrário do que muitos acham, Dourado não é homofóbico. Ele está simplesmente exercendo o nosso inalienável direito de livre arbítrio.
Para mim, está claro que cada um faz o que quer com o seu C..... (todo mundo tem), o seu C..... (todo mundo tem) e o seu C..... (só metade das pessoas tem), mas empresto do lutador gaúcho a expressão “resistência”, para lançar a questão que muito me incomoda: o preconceito heterossexual.
Há muitos anos, venho conhecendo pessoas que consideram os “gays” mais desenvolvidos em termos sociais e culturais. Em minha opinião, o único indicador possível para essa relação é que sociedades mais desenvolvidas não discriminam homossexuais.

Heterossexuais, assim como homossexuais, também podem ser educados, cultos, honestos, divertidos, sensíveis, vaidosos, sarados e usar ternos Armani.
Homossexuais, assim como heterossexuais, também jogam lixo no chão, falam “pobrema”, fazem trapaças, são chatos, matam parceiros por ciúme, se enchem de piercings e tatuagens, usam anabolizantes e vestem calça pescador.

Quanto ao BBB, os três coloridos do programa têm tão pouco a dizer como os demais participantes. Dicésar, um transformista fofoqueiro, (na verdade, nunca entendi para que serve uma drag queen), Serginho, um garoto que tem na chapinha a melhor amiga e Angélica, uma menina cujo único interesse é saber quais meninas já beijaram meninas. São tão vazios quanto a brasiliense Elenita, doutora em lingüística, cujos grandes momentos na TV foram uma discussão com Dourado sobre a suástica (com total ignorância sobre o tema) e tentar se equilibrar de biquíni no salto alto, para mostrar que não está nem aí com o excesso de peso.
Infelizmente, o Big Brother Brasil é o espelho da sociedade brasileira, onde heteros, homos ou bissexuais, desfilam suas limitações. Mas é um espelho de poucas faces, pois, apesar dos negros e pardos constituírem 45% da população, foram representados por apenas um, no máximo dois participantes, em todas as edições do programa, e, apesar dos “manos” e das “mina” constituírem 95% da população, nunca foram representados.
Certo, mano?
É nóis.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

OS CÃES E O MOCREÔNIO

Antes de tudo, uma retratação: sobre o texto anterior, com certeza nem todos os americanos são assim (meus primos, por exemplo). Na verdade, não é culpa deles, e sim da sua dieta básica. O que se pode esperar de um povo que vive à base de donut, muffin e pretzel?

As pessoas mais próximas a mim estão estranhando o recente amor pelos cães. Logo eu, que nunca tive animal de estimação, e achava que a maioria das pessoas comprava cachorro por carência afetiva. Como é possível um cara levar 45 anos para descobrir algumas coisas simples:
Os melhores amigos do homem, ao contrário deste, não enganam, não decepcionam, não enrolam e não se aproximam de você por interesse. Não soltam as tiras, mas infelizmente alguns cheiram. Percebem nosso estado de espírito, compartilham as emoções, e o que mais me impressiona atualmente: são competentes. Desde que ensinados, aprendem, e conservam o aprendizado.
Além disso, descobri um pouco tarde, que são excelentes chamarizes do sexo oposto. Por outro lado, mantenho minha opinião sobre cachorro em apartamento, cachorro fedido e cachorro mal acostumado pelo dono.

Dias atrás, uma colega me alertou sobre um fato que ela não consegue explicar, mas eu acho que posso. Lílian, provavelmente, trata-se do seguinte:
No romance O Perfume, de Patrick Süskind, o cientista amador Marquês de La Taillade-Espinasse, defende a tese de que a degradação física de Jean Baptiste Grenouille é conseqüência do longo tempo em que viveu recluso numa caverna, mais especificamente, da permanente exposição ao fluído-letal, gás que emana do solo e que afeta todas as criaturas que vivem próximas a ele.
Há muitos anos, Delfim Neto vem defendendo a tese de que Brasília emana um gás emburrecedor. Quanto mais tempo as pessoas passam na capital, maiores são os efeitos danosos sobre o cérebro.
Não sou bioquímico, mas a minha teoria é que a combinação de anos de consumo de cachaça e buchada de bode, com as finas bebidas e iguarias, a que Lula vem se submetendo nos últimos anos, faz com que ele produza e emane um gás: o MOCREÔNIO.
Essa é a mais lógica explicação para o fato de que todas as mulheres que conviveram com ele, venham adquirindo as mesmas feições e características físicas. Como exemplo temos: Luíza Erundina, a velha da Casa do Pão de Queijo, Susan Boyle (o presidente viaja muito), Dona Marisa, Marta Suplicy (Courtney Love daqui alguns anos) e mais recentemente, Dilma Roussef.
Para comprovar:

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

TIGER WOODS E O PAÍS DA HIPOCRISIA

Todos que me conhecem um pouco sabem o que penso sobre os Estados Unidos. Uma das minhas teorias sobre a sociedade brasileira é que o “american way of life”, somado ao “our immigrant way of life”, resultou no “brazilian way of life”.
Sinceramente, algumas coisas não consigo entender.
Joseph Kennedy é considerado um dos “pais” da pátria americana. Católico fervoroso, fazia negócios com informações privilegiadas, contribuiu para abreviar a quebra da bolsa (nos anos seguintes sua fortuna aumentou consideravelmente), se associou a mafiosos, contrabandeou bebidas, “pisou na bola” quando foi embaixador no Reino Unido, era anti-semita e não tendo conseguido se tornar presidente, fez de tudo para emplacar um de seus filhos.
Talvez negócios e política sejam assim mesmo, mas quando o assunto é sexo, a coisa vai além. Só para citar alguns exemplos:
John Kennedy foi idolatrado por muitos, com exceção dos maridos e namorados das centenas de mulheres com quem ele teve casos ultra-rápidos (para ser mais ameno). Ele e o irmão Robert, mártires assassinados, não precisaram explicar o que aconteceu à Marilyn Monroe. E Bill Clinton, teve seu ego “inflado” por Monica Lewinsky.
Prefiro Silvio Berlusconi.
De Maistre, ou Maquiavel, ou Salazar, estão certos, cada povo tem o governante que merece. “Los hermanos” merecem Néstor e Cristina Kirchner e nós merecemos o Lula. Mas Hugo Chávez ninguém merece.
Voltando ao assunto que domina a terra das oportunidades: a infidelidade de Tiger Woods.
Tiger Woods não tem que ir à televisão pedir perdão ao povo e ao esporte, muito menos às inocentes mulheres seduzidas por ele, como por exemplo, a atriz pornô Joslyn James, que diz ter deixado a profissão pelo amor ao golfista.
Tiger Woods não tem vício algum. O que ele tem, é a já conhecida dificuldade de controlar a euforia ocasionada pela fama e a fortuna. Alguém se lembra de algum jogador de futebol brasileiro que tenha sido internado?

Tiger Woods não tem que se desculpar com ninguém além da sua mulher.

Conselho para Tiger Woods: vem para o Brasil garoto, aqui você vai ser ídolo. Mas cuidado, as loiras de plantão gostam de engravidar, e você vai ter que pagar pensão. Não peça conselhos ao Romário, ele administra muito mal essas situações.
Conselho para Joslyn James: vem para o Brasil garota, namora uns meses com o Latino e outros com o Belo que isso passa.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

AS BALAS PERDIDAS E OUTRAS FORMAS DE VIOLÊNCIA

A VIOLÊNCIA DO (DES)GOVERNO:

Acho que tenho a solução para o problema das balas perdidas nos morros do Rio de Janeiro: arranjar as cabeças certas para encontrá-las.
Podemos começar com os integrantes do Movimento dos Sem Terra. Depois de assistirmos ao vídeo que mostra a invasão da fazenda Santo Henrique, de propriedade da empresa Cutrale, os saques e a destruição de equipamentos e pés de laranja, não resta mais a menor dúvida sobre a verdadeira intenção desse bando de marginais.
O modus operandi seria o seguinte: retirar dos morros o pessoal do bem (todo mundo sabe quem é bandido e quem não é), armar melhor as gangues do MST (eles só tem espingardas e revólveres velhos) e incitar a invasão das encostas cariocas. Resultado: se tudo der certo, em alguns dias nos livramos dos sem terra e dos traficantes.
Para aproveitar, no meio da ação, jogamos de helicóptero alguns políticos corruptos e malucos (tem um secretário do Lula, que merece mais do que ninguém participar da operação; por ser careca, deve ser fácil de acertar).

A VIOLÊNCIA EM NOME DE DEUS E DA RAÇA:

Não sei por que tanta gente condena alguns atentados que ocorrem no Oriente Médio, Ásia e África. Tirando alguns turistas e transeuntes que não tem nada a ver com isso, muitos desses episódios contribuem para a purificação da raça humana, na forma contrária daquela pregada pelos nazistas. Sinceramente, quem mata em nome de Deus e da etnia não pode viver no século XXI.
Alguém conhece uma expressão mais estúpida do que “Guerra Santa”?

A VIOLÊNCIA DA TERRA:

Também tenho a melhor solução para o Haiti: Primeiramente, divide-se a população remanescente pelos países do mundo. Daria mais ou menos 40.000 haitianos para cada um, mas talvez seja melhor observar alguns critérios de tamanho e riqueza.
Junta-se todo o entulho, e com ele, criam-se algumas ilhas artificiais às margens da antiga Porto Príncipe (à moda de Dubai) e faz-se um concurso internacional para o projeto de um novo aeroporto internacional (à moda de Hong Kong e Osaka). Na verdade, como estou dando a idéia, deveria ser convidado para desenvolver o projeto.
Finalmente, entrega-se todo o território para a República Dominicana, que junto a investidores internacionais, irá construir uma série de resorts.

A VIOLÊNCIA DAS ÁGUAS:

A coisa que brasileiro faz melhor é falar mal da administração pública, sem se dar conta do quanto contribui para a situação em que vive. Com relação às enchentes, pouca gente presta atenção aos fatos, que somados ao grande índice pluviométrico, fazem o caos urbano.
As margens dos cursos d’água na cidade de São Paulo estão totalmente tomadas por construções irregulares e precárias. A área de várzea, necessária para as enchentes e vazantes não existe mais. Além disso, os moradores dessas áreas fazem dos córregos sua lata de lixo. Sei de todas as questões sociais envolvidas, mas isso não pode continuar.
A má educação não é privilégio de pobre, por toda a cidade, as pessoas continuam achando que boca de lobo é triturador de cozinha.
Como arquiteto, me deparo com outra situação alarmante: A Lei Municipal 11.228, de 1992, estabelece que 15% da área dos lotes permaneça permeável. Em todos esses anos, conto nos dedos os casos onde os cidadãos respeitaram essa exigência. Conseqüentemente, a cidade está quase toda impermeabilizada.
Com tudo isso, não adianta piscinão, aprofundamento de calha, etc. Por melhor que seja o sistema de drenagem urbana, é impossível escoar um volume de água como o dos últimos meses.
Somos responsáveis por tudo o que está acontecendo.

Uma grande amiga me critica pela falta de fé nas pessoas, mas, tá difícil..........

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

SER ARQUITETO NO BRASIL É............

PARA TODOS:

Ser requisitado a todo o momento para “rabiscar” qualquer coisa, de um dia para o outro, afinal você não tem mais nada para fazer, e cobrando pouco, afinal seu cliente tem coisa melhor onde usar o dinheiro, como a nova TV LED/LCD/FULL HD/3D/80’, ou a “propina” para o fiscal da prefeitura.

Ler na revista Veja todo ano que sua profissão continua como uma das piores no ranking, seja pelo o que ela representa para a economia, mas principalmente pela média salarial, e que os conceitos de carreira, salário base e teto não existem.

Saber que seu país é dos únicos no mundo a regulamentar sua atividade profissional pelo mesmo órgão que cuida de engenheiros, agrimensores e técnicos em geral.

Ouvir que sua profissão é a mais bonita, e que gostariam de ter estudado arquitetura, mas na verdade, não tiveram peito para encarar essa.

PARA ALGUNS:

Concorrer com os milhares de colegas formados por todo tipo de cursos, que como a grande maioria dos brasileiros, sequer aprendeu a falar português.

Ser administrador, economista, engenheiro, técnico em sustentabilidade, consultor sentimental, político e baladeiro, tudo com apenas um diploma.

Tentar fazer coisas bacanas, fugir do último modismo e das revistas, argumentar e justificar as propostas, mas morrer na praia, afinal, o apartamento da amiga da cliente não é assim.

Observar horrorizado e impotente as desgraças causadas pela estética do mercado imobiliário.

Desenhar, detalhar e especificar um projeto à toa, e na obra, esquecer que existem prumos e níveis, linhas e ângulos retos e medidas.

Assistir ao êxito de alguns que conseguiram o sucesso graças ao marketing e outros meios, e não à arquitetura.

PARA OS VIAJADOS E ANTENADOS:

Ser considerado parte integrante da elite na Finlândia, graças ao nível cultural dos escandinavos e ao prestígio conquistado por Alvar Aalto (mas não somos finlandeses).

Conversar com os berlinenses, e perceber o quanto eles acreditam que a arquitetura pode mudar sua cidade e suas vidas (mas não moramos em Berlim).

Saber que Brad Pitt, ídolo para nove entre dez mulheres e homens, ama arquitetura e design, ao ponto de batizar uma de suas filhas com o nome de um arquiteto famoso (mas não temos amigos como Brad Pitt).

Assistir ao seriado Seinfeld e achar graça toda a vez que o personagem George, interpretado por Jason Alexander, se faz passar por arquiteto, quando quer esconder sua vida medíocre e conquistar mulheres (mas no Brasil não é uma boa tática).

PARA OS EXPERIENTES E OUSADOS:

Discutir com seu cliente questões técnicas, estéticas e filosóficas, sem ser considerado louco.

Ensinar os engenheiros que existem outras formas de conceber uma estrutura além do sistema de pilares, vigas e lajes.

Não poder participar de concursos internacionais, pelas dificuldades do dia a dia e pela defasagem tecnológica em que vivemos.

Saber que você é o profissional mais indicado para governar uma cidade, pois a entende como um organismo vivo, e que é formador de opinião, mas perceber que as pessoas nem se dão conta disso.

PARA TODOS OS QUE NÃO ABANDONARAM A PROFISSÃO NOS PRIMEIROS ANOS:

Persistir, apesar de tudo o que foi exposto acima, com amor, ética e vontade.