sexta-feira, 19 de março de 2010

C O W P A R E D E


A c o w p a r a d e, é o maior e mais bem sucedido evento de arte pública do mundo, tendo sido realizado em 50 cidades desde a sua primeira edição. A “parada das vacas”, já foi vista por mais de 20 milhões de pessoas, arrecadou 20 milhões de dólares para ações de caridade e contou com a participação de mais de 5.000 artistas, personalidades da mídia, e arquitetos do porte de Lord Norman Foster e do polêmico Will Alsop.
Em sua passagem por São Paulo, não deixaria de contribuir, a meu modo.
Estou lançando no mercado o c o w p a r e d e, revestimento vinílico auto-adesivo, de fácil aplicação e manutenção, mais apropriado para lares de marmanjos não comprometidos.
A primeira pessoa a identificar corretamente todas as participantes, ganha o direito a escolher a madrinha da bateria da Escola Unidos de Vila Sésamo, para o próximo carnaval.
Até.

terça-feira, 16 de março de 2010

O BBB E O CCC

Uma das intenções da edição do Big Brother Brasil de 2010 é a discussão sobre o preconceito contra os homossexuais. A Rede Globo conseguiu isso e muito mais, graças à participação de Marcelo Dourado. Mas, ao contrário do que muitos acham, Dourado não é homofóbico. Ele está simplesmente exercendo o nosso inalienável direito de livre arbítrio.
Para mim, está claro que cada um faz o que quer com o seu C..... (todo mundo tem), o seu C..... (todo mundo tem) e o seu C..... (só metade das pessoas tem), mas empresto do lutador gaúcho a expressão “resistência”, para lançar a questão que muito me incomoda: o preconceito heterossexual.
Há muitos anos, venho conhecendo pessoas que consideram os “gays” mais desenvolvidos em termos sociais e culturais. Em minha opinião, o único indicador possível para essa relação é que sociedades mais desenvolvidas não discriminam homossexuais.

Heterossexuais, assim como homossexuais, também podem ser educados, cultos, honestos, divertidos, sensíveis, vaidosos, sarados e usar ternos Armani.
Homossexuais, assim como heterossexuais, também jogam lixo no chão, falam “pobrema”, fazem trapaças, são chatos, matam parceiros por ciúme, se enchem de piercings e tatuagens, usam anabolizantes e vestem calça pescador.

Quanto ao BBB, os três coloridos do programa têm tão pouco a dizer como os demais participantes. Dicésar, um transformista fofoqueiro, (na verdade, nunca entendi para que serve uma drag queen), Serginho, um garoto que tem na chapinha a melhor amiga e Angélica, uma menina cujo único interesse é saber quais meninas já beijaram meninas. São tão vazios quanto a brasiliense Elenita, doutora em lingüística, cujos grandes momentos na TV foram uma discussão com Dourado sobre a suástica (com total ignorância sobre o tema) e tentar se equilibrar de biquíni no salto alto, para mostrar que não está nem aí com o excesso de peso.
Infelizmente, o Big Brother Brasil é o espelho da sociedade brasileira, onde heteros, homos ou bissexuais, desfilam suas limitações. Mas é um espelho de poucas faces, pois, apesar dos negros e pardos constituírem 45% da população, foram representados por apenas um, no máximo dois participantes, em todas as edições do programa, e, apesar dos “manos” e das “mina” constituírem 95% da população, nunca foram representados.
Certo, mano?
É nóis.