sábado, 21 de maio de 2011

OS V....., VEJA E VALDIRENE

Você sabe que está bem quando os v..... voltam a olhar para você.
Às vésperas de completar 47 anos, emagrecer não é tão fácil assim. Não basta se entupir de verduras, legumes e frutas e correr todo dia, é preciso ter paciência. Mas, a vaidade sempre triunfa, e estou chegando lá. Como sei? Tranquilo, os v..... voltaram a olhar para mim.
A diferença entre os v......e as mulheres é simples: para os primeiros, basta que você esteja bem, para as segundas, você precisa ser bonito, estar bem de corpo, ser inteligente, ter bom papo, ser gentil e cavalheiro, carinhoso, atencioso, sensível, ao mesmo tempo encher de porrada um ex que atazana a vida dela, em muitos casos aturar os filhos malcriados dos relacionamentos anteriores, o cunhado mala, mas principalmente, ter uma boa conta bancária.
Há duas semanas, conversei com uma fulana de 45 anos, que defende aquela velha tese, com algumas variações próprias: num casal, não importa quanto cada um ganha, é sempre obrigação do homem pagar as contas, afinal, a mulher gasta muito para agradá-lo. Segundo ela, mulheres que dividem contas não se valorizam, e é por isso que estão onde estão (onde é que elas estão?). Chegou ao cúmulo de dizer que é preferível passar o resto da vida em casa vendo televisão do que sair e dividir um cineminha. Se tivesse a oportunidade de falar com ela novamente, aconselharia a usar parte do dinheiro em livros e numa viagem para o norte da Europa (é claro, ela só conhece os Estados Unidos). Lembram daquele ditado: “Quem gosta de p....é v...., mulher gosta é de dinheiro”? Triste.....
Por outro lado, o sexo oposto reclama muito do assédio masculino, mas não sabem como é desagradável você tentar almoçar em 20 minutos, e durante todo esse tempo ser encarado pelo sujeito da mesa em frente, sem piscar os olhos.
Mudando para a revista Veja, acho que não renovarei minha assinatura. Na edição de 18 de Maio, com 160 páginas, 71 são de propaganda, 6 são parte matéria-parte propaganda e há ainda um encarte especial de 6 páginas. É muita coisa, exatamente 50% da revista. Para chegar ao primeiro conteúdo de interesse, a entrevista semanal, é preciso percorrer 18 páginas de bancos, carros, fraldas, celulares, etc. Depois a mídia escrita reclama da internet.
Toda vez que a minha fé na humanidade aumenta um pouquinho vem alguém e destrói meu sonho de um mundo melhor. Não pude acreditar que o filhote Veja São Paulo, muito lido por nós paulistanos, tenha perdido 8 páginas numa reportagem com a tal Val Marchiori, ou melhor, Valdirene.
Com certeza, a reportagem deveria chamar “imbecil eu já sou, mas quero ser socialite a qualquer custo”. Páginas de pura cretinice, fazendo apologia ao alpinismo social pago e ao estúpido mercado do luxo, além do guia prático para cabeças ocas brilharem. É claro, a reportagem deve ter sido muito bem paga. O maridão financiador nem aparece, tem medo de seqüestro ou vergonha da mulher? Só fica claro para mim qual o caminho Veja pretende trilhar.
Na verdade, imbecil sou eu, de ter perdido dez minutos da minha vida lendo aquilo. Meu alívio, é que cumpri meu papel de assinante revoltado escrevendo para a revista e que li a reportagem enquanto estava no banheiro fazendo o número 2.
Hellooooo!