segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A DEMOCRACIA E A CULTURA

Eu acredito em democracia! Na Escandinávia. Lá funciona, não porque é democracia, mas porque é Escandinávia. Ou na Suíça, onde os sete membros que formam o Conselho Federal a cada ano se revezam na presidência. Deve ser um “mico” governar a Suíça.
Igual ao Brasil. Igual à Sarney, Maluf e aos quadros do PT.
Na verdade, democracia ou ditadura não fazem diferença. O que faz a diferença é o homem.
Talvez até a ditadura seja melhor. Pensando bem, entregar o poder a um único representante é economicamente vantajoso, pois, empregue quem empregar, negocie o que negociar ou roube o que roubar, é muito menos prejudicial ao país do que fazem os milhares que preenchem nossos aparatos executivo, legislativo e judiciário.
Ou será que alguém tem dúvida de que todas as obras são superfaturadas, que as câmaras e assembléias não passam de balcões de negócio e que só pobre vai para a cadeia?
Todo mundo pergunta: Por que os Estados Unidos, que é uma democracia, e também foi formado por imigrantes, funciona?
É simples, porque o caráter da imigração no Brasil sempre foi predatório, e não colonizador. Os povos que para cá vieram, deixando a pobreza e a incerteza do futuro em seus países de origem, vieram para “fazer a vida”. Nunca estiveram imbuídos do espírito de nação, não participaram do processo de independência, e infelizmente, transmitiram esses valores, que se perpetuam geração após geração.
Por falar em geração, a de 68, aqueles que lutaram pelo país, finalmente conquistou o poder. Os que não desbundaram ou esverdearam, estão em Brasília. Com um detalhe: tão ou mais incompetentes e corruptos do que aqueles contra quem se rebelaram. Afinal, até que “pegar em armas” valeu à pena, pois todos ganharam generosas pensões vitalícias.

Como não adianta só criticar, é preciso apontar uma solução. É fácil: entregar o poder a uma pessoa, ou a um grupo de pessoas, preparadas, honestas, bem intencionadas, totalmente comprometidas com o desenvolvimento e bem estar social.

A solução é fácil, mas é utópica, e como o problema não é o sistema de governo, mas o homem, o que podemos fazer para melhorar?

Vamos deixar para trás o jeito brasileiro de ser (cordial, pacífico e bobo-alegre) e de fazer (levar vantagem em tudo). Chega dessa bobagem que o Brasil é rico pela mistura de raças; capoeira com sushi não vai nos levar a lugar algum. Chega de futebol e carnaval, novela e BBB, da número 1 e 51, de Caras e Contigo, de axé e pagode, de “vamos estar agendando”, de Flórida e Dubai, da China e Paraguai, do Baú e Daslú, de populismo e assistencialismo, e de “menas laranja”.
Precisamos ser empreendedores, pesquisar, inventar, produzir, competir, sem que o dinheiro seja o único objetivo a ser alcançado. Precisamos ser contemporâneos, globalizados, conhecer e aprender com povos e culturas diferentes. Precisamos adotar a sustentabilidade como princípio de vida, e não como moda. Precisamos ser éticos, honestos, estóicos, até.
Sobretudo, é preciso ser culto. A CULTURA é a base de toda grande civilização. Estudar para aprender, levar o conhecimento conosco durante toda a vida e constantemente alimentá-lo. É preciso ver, escutar, desenvolver espírito crítico, comparar, discutir, justificar, concordar ou discordar. Inclusive gosto, religião, política e futebol.
Uma vez perguntaram a um sábio no final de sua vida o que ele mais desejava:
-Mais conhecimento.

Muitos podem estranhar algumas posições defendidas, mas todos esses anos de mesmice e desgoverno nos levam a refletir.

Até acredito que neste país tudo dará, desde que alguém faça.........

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